O que mais gosto em mim? São os meus olhos!
Meus sentidos neles expressos.
Como olhos de criança
Denunciam o que não revelo.
Quando meu pai adoeceu,
Meus olhos deram de inundar,
Igual época de chuva forte,
Quando cai água em abundância.
Quando ele faleceu,
Meus olhos transformaram em brejo seco.
Em terra do agreste, quando a seca é brava!
Quando sol queima, chão racha, revolta quem vê morrer!
Quis que minha dor, virasse uma fonte,
E dois rios de lágrimas, escorressem pela terra árida.
Depois,
Chorei vinte anos, nem um dia menos!
Meus olhos ficaram férteis,
Neles brotaram flores de Lótus,
E comecei a enxergar poesia,
Em tudo que minha alma via.
Rosa Negra- rosabgontijo-08/08/2011
Muito bonito, Rosangela! Gostei muito da singeleza e da ternura que passaste neste poema.
ResponderExcluirBsijos,
Cristina
Muito bonito e bem feito este seu poema.
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