segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A VELHICE

A VELHICE

Oh! Deus dos desamparados,
Cuida do idoso do mundo,
Ponha bálsamo no seu coração,
Também, cuida do seu corpo.

Traga paciência para os filhos,
Amor para quem cuida!
Para cada semente gerada,
Traga carinho, respeito, reconhecimento,
Para ser doado.

Não seja o filho, o que canse, nesta jornada!
                 Trazendo a morte em vida.
Como uma bala, ainda que perdida, acerta o alvo!
E faz o coração sangrar todo dia.

Não deixe que o idoso se sinta um fardo,
Um peso difícil de carregar.
Não permita meu Senhor,
Que sua maior dor, seja, se sentir sem valor!

Rosa Negra – rosabgontijo-18/12/2010

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

                  PACTO

A ROSA DESABROCHOU RADIANTE
O JARDIM ENFEITOU, COM TODO SEU ESPLENDOR!
EXALOU TODO SEU PERFUME, INEBRIOU!
QUEM A OLHOU SE ENCANTOU

AO AMANHECER, AINDA MAIS LINDA,
MOLHADA PELAS LÁGRIMAS DO ORVALHO,
NA MADRUGADA, COM ELE COMPACTUOU.
QUANTO MAIS FRESCOR, MAIS HEI DE DURAR!

ENQUANTO OUTRA FLOR DESPONTAVA,
E OUTRAS TANTAS MAIS.
O JARDIM TÃO VAIDOSO ESTAVA,
QUE AGRADECEU, À NATUREZA CUIDADOSA!

ROSA NEGRA-rosabgontijo-15/09/2006

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

VERGONHA

     VERGONHA

   Quando penso no que acontece
   Em quase todos os lugares
   Envergonho-me da raça humana.
   Muitas vezes bichos dividem...
 
  Lembro, alimentos perdem,
  Nos armazéns do governo.
  Os responsáveis,
  Nem sabem o que tinham ali.

 Enquanto pessoas morrem
 Sem ter o que comer,
 Outros dormem tranqüilos
 Não se preocupam com o sofrer.

Nem veem
Que a vida depende de serem,
Eficientes, responsáveis, humanos.
O que prometeram ser, antes de serem.

Rosa Negra- rosabgontijo-05/12/2007 

MEUS OLHOS

             MEUS OLHOS
           
            O que mais gosto em mim? São os meus olhos!    
            Meus sentidos neles expressos.
            Como olhos de criança
            Denunciam o que não revelo.  

            Quando meu pai adoeceu,
            Meus olhos deram de inundar,
            Igual época de chuva forte,
            Quando cai água em abundância.

           Quando ele faleceu,
           Meus olhos transformaram em brejo seco.
           Em terra do agreste, quando a seca é brava!
           Quando sol queima, chão racha, revolta quem vê morrer!

           Quis que minha dor, virasse uma fonte,
           E dois rios de lágrimas, escorressem pela terra árida.
           Depois,
           Chorei vinte anos, nem um dia menos!
          
           Meus olhos ficaram férteis,
           Neles brotaram flores de Lótus,
           E comecei a enxergar poesia,
           Em tudo que minha alma via.

           Rosa Negra- rosabgontijo-08/08/2011