domingo, 14 de abril de 2013



CAVALGADA

Na rede da varanda deito
vestido fino
nestas tardes mornas
nada faz o ar fresco
coloco meus pés para fora
chapéu para não queimar o rosto
monto como cavaleiro
o cavalo é manso
balança de leve meu corpo
o trote segue gostoso
cavalgo abaixo das nuvens
olho o céu azul sem fim
a terra virou tecido de Chita
estampado de flores infinitas
ah enquanto galopo vejo de cima
é primavera no mundo
no meu cavalo de pano
sou vento à tardinha
trotando, sonhando,
aposto corrida comigo
e chego primeiro
arreio...
o dia já está amanhecendo...

Rosângela Brasil Gontijo

Nenhum comentário:

Postar um comentário